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Segunda parte da MINHA HISTÓRIA – A retomada da carreira, voltando a dar aula de acordeon e a formação de um grupo: Acordeões em Sintonia.

De  1960 até hoje

 

 

Mas justamente nesta época - 1960 - eu casei.  Devido à "crise" que diminuiu o interesse pelo acordeon, à vida de casada e à responsabilidade com os filhos, parei de dar aulas. Tocava em casa, para as crianças, para estudar e não "enferrujar".

 

Mais tarde, em 1987, voltei a dar aulas de acordeon. Senti que era a hora e aceitei o desafio de recomeçar. Foi ótimo, muito bom voltar a ter contato com os alunos, com a música, com toda a dinâmica das aulas.

 

Em 1995 fui para a Itália, junto com outros professores e alunos, participar do Festival Internacional de Castelfidardo. Fiquei encantada! A cidade respira, vive acordeon. De toda a Europa vieram acordeonistas, que mostraram que os Beatles não afetaram sua tradição no estudo deste instrumento. Com níveis altíssimos de execução, todos mostraram o valor do acordeon e o lugar que ocupa em suas vidas. Lá, o estudo é intenso, determinado, profundo, o que dá a possibilidade de executarem com domínio todo aquele repertório, de músicas regionais, folclóricas, contemporâneas, clássicas. Tocavam de tudo. Vi crianças de 8, 9 até 17 anos, numa orquestra, tocando com seriedade. Durante toda aquela semana ficamos imersos em acordeon: pela manhã aconteciam as oficinas, à tarde apresentavam-se jovens e crianças e à noite aconteciam os shows de artistas renomados e jazz. Tivemos a excepcional e vibrante apresentação de Osvaldinho do Acordeon que deixou a platéia enlouquecida!!

Visitei a fábrica da Scandalli, onde foi-nos mostrado o processo de montagem. Em Castelfidardo existem muitas outras como Piermaria, Vitória, Giustozzi, Excelsior e Giulietti. Foi uma ótima oportunidade para conhecer muitos modelos de acordeon.

 

Em 1996 formei um grupo - Acordeões em Sintonia - com professores e estudantes de acordeon que aderiram à minha idéia: Ana Maria, Delfino, Horácia, Jeanete, Maria Lúcia, Neusa, Nilma, Priscila, Shirley (In memorian) e Simone . Juntos pesquisamos repertório, arranjos, ensaiamos e gravamos um CD - Volta ao Mundo - com músicas representantes de vários países.  A partir deste CD apresentamo-nos em diversos lugares, sempre com um repertório bem eclético.

 

Bem, em 1997, como estava morando em Atibaia, senti falta de ter um grupo lá. Fui pesquisar e não encontrei um formado, mas descobri 4 acordeonistas, que haviam se formado na mesma época que eu: Wilma, Lourdes, Clarice e Francisca. Nos reunimos e passamos a ensaiar regularmente. Com o repertório pronto, fomos convidadas e nos apresentamos diversas vezes em Atibaia. Numa ocasião, tocamos em conjunto com a fanfarra “Fama” e corais, na Igreja Matriz.

 

Durante 6 anos toquei semanalmente no Clube da Terceira Idade de Atibaia, como instrumentista acompanhadora do grupo vocal. Lá, também dei aulas de teoria musical para este grupo.

 

Além dos estudos iniciais de acordeon, fiz também piano, e estes cursos e oficinas listados abaixo:

  • Workshop Técnicas e Posturas ao piano com Siegfried Schmidt em 1987.

  • 3º Encontro de Acordeonistas, realizado em 1992 na Associação dos Acordeonistas do Brasil.

  • Curso completo de Teclado Popular (6 estágios) na Escola Iama Educação Musical, em Julho de 1996, Atibaia - SP.

  • Curso de Registração para Órgão Eletrônico e Teclado, ministrado por Neusa Maria de Souza no Centro de Educação Musical Super Som, São Paulo, em 20/04/1996.

  • 23º Festival de Música Nova, promovido pelo Instituto Cultural Itaú: Workshop com Timo-Juhani Killönen (Finlândia) - O acordeon na composição musical, 1997.

  • Oficina Sanfona - Estilos, harmonias e ritmos, com Toninho Ferragutti, no Centro Musical SESC Vila Mariana, 1998.

  • Festival de Inverno de Campos dos Goytacazes - RJ, Oficina de Música de Câmara, 1998.

 

 

Desde que retornei à carreira em 1987, não parei mais. Já dei aulas de acordeon para alunos com os mais variados perfis e interesses. Aqui cito alguns deles, que aprenderam o instrumento com fins profissionais: um rapaz que acabou se especializando em música sertaneja e foi tocar em rádios e salões; alguns artistas circenses que incorporaram o instrumento, tocando em seus números; duas professoras de música que começaram a usar o acordeon em suas aulas de musicalização infantil; uma senhora que veio estudar música para lhe ajudar com o grupo da igreja; uma jovem, integrante de um conjunto musical regional.

 

Atualmente, com a gama de informação disponível que nos chega pela internet, estou constantemente me atualizando e procuro sempre oferecer o melhor aos meus alunos, dentro de seu universo particular.  Para cada um, o acordeon representa uma expressão diferente dos demais, - o instrumento musical revela a "verdade" de cada um - não é mesmo?  Por isso, me sinto muito feliz em poder contribuir para essa descoberta, o que acontece efetivamente no processo das aulas. 

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